Foram quatro jogos. Uma
carga de 41.112 lugares disponibilizada em cada partida. Ao fim delas, um total
de 158 mil torcedores passando por seus assentos. Talvez a maioria deles não
volte a ver a Arena do Pantanal, em Cuiabá, da mesma forma que acompanharam
nesta terça-feira, na goleada de 4 a 1 da Colômbia sobre o Japão: o estádio que
custou mais de R$ 500 milhões pode ter a sua capacidade reduzida pela metade.
A partir da data, a entidade
devolverá, então, as chaves e o Governo passará a tratar mais firmemente de seu
futuro. Uma licitação para tentar atrair a iniciativa privada deverá ser
lançada no próximo mês e a expectativa é ter o processo definido até outubro.
No modelo de concessão do
projeto previsto para ser disponibilizado nas próximas semanas, uma das
alternativas que o futuro ‘dono' terá será a redução de tamanho da Arena
Pantanal. Em vez dos atuais 43.150, ela passaria a contar com apenas 20.000
lugares.
Segundo apurado pelo
ESPN.com.br, a mudança envolveria a retirada das arquibancadas superiores dos
setores Sul e Norte.
Procurado pela reportagem, o
secretário da Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa) no Mato Grosso,
Maurício Guimarães, confirmou a possibilidade, embora não acredite ser essa a
melhor opção para o operador.
"Existe, sim. Só não
acredito ser viável. A Arena tem essa concepção que torna possível reduzi-la
para 20 mil pessoas, mas é preciso ponderar o seguinte: você retirou (os
assentos), não consegue recolocar mais. Se já está tudo pronto e não tem um
custo operacional tão grande mantê-los, sinceramente não vejo lógica. Você pode
simplesmente fazer um evento com 40 mil e outro com 20 mil", afirma
Guimarães ao ESPN.com.br. Essa decisão, no entanto,
ficará a cargo do vencedor da licitação.
É motivo de temor a hipótese
de a Arena Pantanal virar um ‘elefante branco'. Para se ter uma ideia, o Cuiabá
Arsenal, tricampeão brasileiro de futebol americano, é dono de uma média de
público maior do que a do estadual, com 3.100 pessoas. Não existe como ele
conseguir bancá-la sozinho, ainda assim: são apenas três partidas por
temporada. O custo operacional de um
jogo no estádio é de cerca de R$ 125 mil.
Reduzir o seu tamanho,
sugerem dirigentes de clubes locais consultados pela reportagem, seria uma forma
de minimizar também um eventual efeito negativo que atuar num palco dessa
dimensão poderia trazer.
"Quando foi feito o
projeto, houve a preocupação de que você poderia retirar (esses assentos),
bastando desparafusar porque são estruturas metálicas, parafusadas uma na
outra. Por isso, existe essa possibilidade", explica o secretário da
Secopa no Mato Grosso, Maurício Guimarães.
Fonte: ESPN
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