Eduardo Cardoso
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O motorista deve redobrar a atenção na rodovia e ter paciência com o tráfego lento. Foto: Ilustração |
O primeiro rotor para Usina Hidrelétrica (UHE) Teles
Pires, localizada no município de Paranaíta, na fronteira com o Pará, já está
em Mato Grosso. O equipamento pesa 270 toneladas, tem cerca de 6 metros de
altura e 9 metros de diâmetro. Para chegar até o destino deverão ser gastos
mais 35 dias. No estado só é possível fazer o transporte pelo modal rodoviário,
o que vai impactar ainda mais a situação logística do estado, principalmente na
BR-163. Até fim do ano outros quatro rotores serão enviados para o estado.
O caminhão que transporta a peça gigante anda em
velocidade média de 15 km/h, é escoltado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF)
e faz paradas obrigatórias a cada 30 km percorridos. A peça saiu de uma fábrica
em Taubaté-SP em janeiro, foi até o porto de Santos, seguiu pelo mar até o
porto de Montevidéu, no Uruguai, para depois embarcar em uma balsa pela
Hidrovia Paraguai-Paraná até Cáceres.
Em solo mato-grossense começa um dos piores trechos da
viagem. O caminho será pela BR-163 e MT-320. Até a cidade de Paranaíta faltam
1.100 km o tráfego intenso de veículos pela rodovia federal, aliado a falta de
acostamento e pavimento em más condições de conservação, vão causar transtornos
para o transporte da peça e aos usuários.
A operação impactará fortemente no fluxo de cargas da
BR-163, já que a região cortada pela rodovia é uma das maiores produtoras de
soja e milho de Mato Grosso.
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