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Sorte de principiante. Foto: Reprodução/Internet |
O ex-deputado federal Pedro
Henry (PP), condenado no julgamento do Mensalão, será um dos “contemplados” que
receberão a tornozeleira de monitoramento de detentos que estão cumprindo pena
em regime semiaberto.O Governo adquiriu 5 mil equipamentos para a fiscalização
dos presos. “Todos os três mil que estão em regime semiaberto usarão a
tornozeleira. Pedro Henry é um preso comum e não tem privilégios”, garante o
juiz da Vara de Execução Penal de Cuiabá, Geraldo Fidélis, em entrevista à
imprensa, nesta quarta (14).
Henry está preso desde o fim
de dezembro passado, após ser condenado a 7 anos e 2 meses de prisão por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De imediato, 400 tornozeleiras
chegarão ao Estado e o restante chega nos meses seguintes. A Capital ficará com
3 mil e as demais serão distribuídas para outros municípios, conforme a
demanda. Para o secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Luiz Antonio
Pôssas, estes equipamentos contribuirão para a diminuição de fugas, além da
ressocialização dos detentos, uma vez que alguns podem cumprir a pena
alternativa. “Dessa forma vamos recuperar quem deseja ser recuperado”.
No pacote também está
incluso 1 mil “botões do pânico” para as mulheres que se encaixam na Lei Maria
da Penha. A vítima pode acionar o equipamento caso o agressor ultrapasse a
distância permitida pela Justiça. Atualmente existem 206 presos, em Cuiabá, por
violência doméstica. Estes equipamentos terão um custo mensal de R$ 214,50. Com
os 5 mil adquiridos, o total vai ultrapassar R$ 1 milhão.
Hoje, a população carcerária
em Mato Grosso está em 10 mil. Com isso, cada preso gera uma despesa ao Estado
de R$ 2,5 mil mensais, enquanto uma criança na escola, por exemplo, custa R$ 2
mil ano. Diante disso, segundo Pôssas, a pasta conseguiu fazer o trabalho de
ressocializar cerca de 2 mil detentos, em um ano. Antes, o número passava dos
12 mil. O presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, lembra que a aquisição
dos equipamentos era uma reivindicação da Corte desde 2007. O presidente
explica ainda que esta medida vai diminuir brutalmente a reincidência, tendo em
vista que os presos serão monitorados 24 horas.
Tornozeleira
O equipamento é monitorado
por GPS e tem a bateria de duração de 30 horas, tendo que ser carregada após o
término. Caso o usuário estrague a tornozeleira ou tente uma fuga, o detendo
terá que bancar os custeios da peça, além de ter a pena regressiva.
Fonte: Tarso Nunes/RD News
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