Renata Rodrigues
A população mato grossense ficou
totalmente prejudicada com a greve dos motoristas do transporte coletivo. Os
veículos de comunição estão divididos entre: reivindicar o direito do cidadão cuiabano
e várzea-grandense ou aplaudem a posição da Polícia Federal pela quinta
operação ‘Ararath’. Que mostra as inúmeras culpas dos políticos e empresários de
Mato Grosso. Além de mostrarem a cara e os podres dos poderosos para todo o
Brasil.
Nas
duas principais cidades do estado sem transportes, os cidadãos tiveram que
caminhar o percurso que costumavam fazer em minutos. Pessoas que tem veículos estavam
oferecendo carona por solidariedade e, quem estava no ponto de parada acabavam
indo com estes que nem conheciam.
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Motoristas de ônibus mantêm greve na Grande Cuiabá/Foto: Blog Meu Transporte |
Em Cuiabá e Várzea Grande o
reflexo é diferente, aqui os números de habitantes são mais de 500 mil. Congestionamentos
eram nítidos nas avenidas, principalmente nos horários de pico, no período da
manhã e no final da tarde. O valor da passagem cobrada dos usuários é de R$
2,80, é a quinta tarifa mais cara do país.
E, haja desculpas pelas
autoridades que deixou a população durante quatro dias a pé. Empresas
de Transporte Coletivo Urbano do Estado de Mato Grosso informou que os
motoristas não cumpriram a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª
Região, que estabelecia que 70% dos funcionários continuassem a trabalhar
durante a greve.
O
direito do cidadão é uma questão a se lembrar, pois, pagam um valor excessivo na
tarifa do coletivo. A qualidade do transporte é precária, muitos carros não atendem
a necessidade da população. O número de coletivos
que circulam na cidade é inferior para a quantidade de habitantes, mais de 500
mil. De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito, só em Cuiabá há
mais de 166 mil automóveis. E mesmo que fosse um veiculo para cada habitante, não
atenderia toda população.
A
fiscalização não foi realizada nos pontos de parada, pois a população reclama
que não passa nenhum ônibus. Os 70% que eram para estar circulando, conforme
lei ficou apenas no papel. O tradicional “jeitinho brasileiro” tornou um estilo
para as pessoas que dependem do transporte.
E começam as desculpas - Os
motoristas do transporte coletivo alegam necessidade do reajuste
salarial de 7,5%, vale-alimentação de R$ 400 por mês, bonificação para
motoristas que atuam sem cobradores dentro dos veículos de R$ 250, protetor
solar para trabalhadores que atuam expostos ao sol.
O
sindicato das empresas do transporte coletivo urbano (STU) explicou que não
pode conceder mais de 4,63% de aumento salarial, conforme resolução do Conselho
Municipal de Transporte. A unidade vem negociando com os trabalhadores do
transporte coletivo desde 25 de abril, e até hoje nada fora resolvido. Uma audiência de
conciliação foi realizada nesta quinta-feira (22) entre motoristas e
empresários. Os trabalhadores do transporte coletivo recusaram o acordo e mantêm greve.
Agora em São Paulo a região mais
afetada foi a do M’Boi Mirim, mais de
cinco empresas paralisaram e, dos 29 terminais da SPTrans na cidade, 13
terminais de ônibus fechados. Um dos sete representantes eleitos pelos motoristas e
cobradores grevistas, Luiz Pereira Lima, disse: “Queremos algo entre 20% a 15%
de reajuste salarial". E segundo informações do G1 São Paulo, essa
negociação vem de anos luz.
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