Protagonistas de escândalos, Henry tem mais um pedido negado pela justiça. Foto: Reprodução |
O juiz da Segunda Vara
Criminal de Cuiabá, Geraldo Fernandes Fidelis Neto, negou o pedido do
recuperando Pedro Henry para passar o feriado da Páscoa e seu aniversário com a
família. O ex-parlamentar solicitou a saída temporária alegando de que os
outros condenados no processo do mensalão tiveram direito ao benefício de
visitarem suas famílias.
O pedido foi intermediado no
final do expediente da Justiça desta quarta-feira (16), o magistrado mencionou
que Henry não cumpriu 1/6 (um sexto) da pena determinada. Por meio do seu
advogado de defesa, ele considerou que tem cumprido todas as condições impostas
pela justiça e se dispôs a fornecer o endereço e telefone de sua residência,
onde iria permanecer os dois dias do final de semana, saindo na segunda-feira.
Pedro Henry faz aniversário
nesse período de feriado prolongado, ele irá completar 57 anos neste sábado. Para
festejar a data, pediu que retornasse somente no dia 22, próxima terça-feira, e
com isso, iria direto para o trabalho, devendo retornar somente às 19h para o
anexo da Penitenciária Central do Estado (PCE), onde cumpre pena.
Ao negar o pedido, o
magistrado esclareceu que os condenados que cumprem pena em regime semiaberto
só podem ter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem
vigilância direta, nos seguintes casos: visita à família; frequência a curso
supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior ou
participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
Pedro Henry conhecido nacionalmente por
diversos espetáculos escandalosos tem um histórico mensurável. Relembre alguns
deles:
Escândalo
do Mensalão: O ex-líder do PP no governo Lula angariou,
com a ajuda de outros três deputados, 4 milhões de reais para as contas da
legenda - tudo pelo caixa dois e por meio do valerioduto. No julgamento do
mensalão no STF, foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro -
sua pena foi de 7 anos e 2 meses em regime semiaberto, além de multa de 932.000
reais - e inocentado do crime de formação de quadrilha. Ao ser preso, em 2013,
renunciou ao mandato de deputado federal. Em janeiro de 2014, foi autorizado a
cumprir jornada de trabalho das 7 às 17 horas na área administrativa do
Hospital Santa Rosa, em Cuiabá (MT), onde cumpre pena.
Na esteira do escândalo,
safou-se da cassação na Câmara dos Deputados e reelegeu-se nas duas eleições
seguintes. E não parou de acrescentar escândalos a sua ficha. É acusado de
envolvimento no esquema de compra superfaturada de ambulâncias operado pela
Máfia das Sanguessugas. Respondeu a dois processos no Conselho de Ética da
Câmara, em 2005, por causa das acusações de Roberto Jefferson e, em 2006, pelo
esquema das sanguessugas. Foi absolvido nas duas ocasiões. Entre fevereiro e
novembro de 2011, licenciou-se do cargo na Câmara para assumir a Secretaria de
Saúde do Mato Grosso. Desde julho de 2011, Pedro Henry está sob investigação do
Supremo por crime eleitoral e é réu por improbidade administrativa no caso das
sanguessugas.
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