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Estudos indicam que, além de ser uma delícia, o chocolate pode ser um ótimo amigo da saúde. Foto: Reprodução/Internet |
O chocolate faz parte da
dieta do brasileiro durante todo o ano, mas em particular na Páscoa este
consumo pode aumentar. Segundo o último balanço da Associação Brasileira da
Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), o Brasil
é o terceiro maior produtor e o quarto maior consumidor de chocolate do mundo.
Mas ao contrário do que
muitos pensam, o chocolate pode fazer muito bem à saúde, se consumido de forma
consciente e com orientação profissional, devido às suas diversas substâncias.
O maior problema relacionado ao chocolate é o consumo excessivo, já que as
pessoas não conseguem se contentar apenas com um pedacinho.
De acordo com Cristiane Jimenes,
nutricionista e docente do Senac São José dos Campos, quando se tem uma vida
saudável e se consome chocolate com moderação, ele está longe de ser um vilão.
"O chocolate se torna prejudicial à saúde quando o consomem
exageradamente, podendo trazer sérios prejuízos à saúde", afirma
Cristiane.
Estes prejuízos referem-se,
principalmente, à quantidade de gordura e ao alto teor calórico, que acabam
causando sérios problemas, como obesidade, aumento das taxas de colesterol,
triglicérides, glicose sanguínea, pressão arterial e doenças coronarianas.
Dicas
Chocolate
amargo - o amigo da dieta
Para não cair em tentação e
usar o chocolate a seu favor, a docente dá a dica. "A feniletilamina
presente no chocolate amargo estimula a produção de serotonina, responsável
pela sensação de prazer e bem-estar. Esta substância ajuda a combater a depressão
e a ansiedade. Além disso, possui sais minerais como ferro, fósforo, potássio,
sódio e flúor e vitaminas A, B, C, D e E. Contém ainda flavonoides, de ação
antioxidante, e seu consumo confere diversos benefícios ao organismo, como
controle da pressão arterial, redução no risco de desenvolver doenças do
coração e outros", completa Cristiane.
Mas a escolha do chocolate
também é muito importante neste processo. Para isso, dê preferência aos
chocolates amargos (com no mínimo 70% de cacau), feitos com os grãos de cacau
torrados sem adição de leite. Os chocolates amargos são mais antioxidantes e
também contém uma quantidade considerável de ácido oleico (gordura
monoinsaturada), que protege as artérias, eleva o bom colesterol e diminui o
colesterol ruim.
Chocolates
ao leite e brancos - os vilões
Os chocolates ao leite e
branco são os maiores vilões de uma dieta. O mais prejudicial para a saúde é o
branco, pela quantidade elevada de gordura em sua composição. O chocolate
branco contém manteiga de cacau, açúcar e leite, mas não leva massa de cacau. É
o mais calórico dos chocolates.
O chocolate ao leite
consiste em uma massa de cacau substituída em parte por leite em pó, produzindo
um gosto mais adocicado, além de possuir uma quantidade maior de açúcar.
"Pesquisas mostram que os efeitos dos antioxidantes são anulados pelos
efeitos do excesso de açúcar, proporcionando um ganho de peso", diz a
docente.
Aprecie
com moderação - Páscoa
O chocolate é uma guloseima
que não pode faltar no cardápio da Páscoa e, se consumido com moderação, pode
ser um bom aliado. Apesar das calorias, o chocolate pode ser consumido sem
culpa, principalmente o chocolate amargo. "Para saber se está ou não
abusando no chocolate nesta Páscoa, faça uma continha simples. O consumo não
deve ultrapassar as 30g/dia de chocolate amargo. Nesta quantidade podemos ter
efeitos benéficos sem se preocupar com o ganho de peso", afirma Cristiane.
Por ser considerado um
alimento funcional, o chocolate amargo faz bem à saúde do coração. O ideal é
ingeri-lo pela manhã ou no início da tarde, quando o corpo precisa de mais
energia.
Chocolates
sem açúcar, glúten e lactose
Este tipo de chocolate é
para pessoas que têm alguma restrição alimentar. Aqueles que sofrem de
intolerância à lactose, alergia à proteína do leite e os celíacos (alérgicos ao
glúten) podem consumir os chocolates de alfarroba e os à base de soja (sem
lactose e sem glúten).
"Já para os diabéticos,
há opções sem adição de açúcar.
No entanto, deve-se ter atenção a quantidade
ingerida, pois para compensar a falta de açúcar, ganha maior dose de gordura,
sendo mais calórico do que o chocolate ao leite tradicional. Por isso quem não
é diabético deve preferir o chocolate convencional em pequenas quantidades ao
diet que, na maioria das vezes, tem valor calórico e o sabor é inferior ao
convencional", finaliza Cristiane.
Independente da sua opção
para esta Páscoa, lembre-se: para poder usufruir dos benefícios à saúde o
consumo do chocolate deve ser moderado e acompanhado de uma alimentação bem
equilibrada!
Fonte: Rádio Piratinga
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