segunda-feira, 14 de abril de 2014

Chocolate também pode fazer bem à saúde, se consumido corretamente, aponta nutricionista

Estudos indicam que, além de ser uma delícia, o chocolate
pode ser um ótimo amigo da saúde. Foto: Reprodução/Internet
O chocolate faz parte da dieta do brasileiro durante todo o ano, mas em particular na Páscoa este consumo pode aumentar. Segundo o último balanço da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), o Brasil é o terceiro maior produtor e o quarto maior consumidor de chocolate do mundo.

Mas ao contrário do que muitos pensam, o chocolate pode fazer muito bem à saúde, se consumido de forma consciente e com orientação profissional, devido às suas diversas substâncias. O maior problema relacionado ao chocolate é o consumo excessivo, já que as pessoas não conseguem se contentar apenas com um pedacinho.

De acordo com Cristiane Jimenes, nutricionista e docente do Senac São José dos Campos, quando se tem uma vida saudável e se consome chocolate com moderação, ele está longe de ser um vilão. "O chocolate se torna prejudicial à saúde quando o consomem exageradamente, podendo trazer sérios prejuízos à saúde", afirma Cristiane.

Estes prejuízos referem-se, principalmente, à quantidade de gordura e ao alto teor calórico, que acabam causando sérios problemas, como obesidade, aumento das taxas de colesterol, triglicérides, glicose sanguínea, pressão arterial e doenças coronarianas.

Dicas

Chocolate amargo - o amigo da dieta

Para não cair em tentação e usar o chocolate a seu favor, a docente dá a dica. "A feniletilamina presente no chocolate amargo estimula a produção de serotonina, responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Esta substância ajuda a combater a depressão e a ansiedade. Além disso, possui sais minerais como ferro, fósforo, potássio, sódio e flúor e vitaminas A, B, C, D e E. Contém ainda flavonoides, de ação antioxidante, e seu consumo confere diversos benefícios ao organismo, como controle da pressão arterial, redução no risco de desenvolver doenças do coração e outros", completa Cristiane.

Mas a escolha do chocolate também é muito importante neste processo. Para isso, dê preferência aos chocolates amargos (com no mínimo 70% de cacau), feitos com os grãos de cacau torrados sem adição de leite. Os chocolates amargos são mais antioxidantes e também contém uma quantidade considerável de ácido oleico (gordura monoinsaturada), que protege as artérias, eleva o bom colesterol e diminui o colesterol ruim.

Chocolates ao leite e brancos - os vilões

Os chocolates ao leite e branco são os maiores vilões de uma dieta. O mais prejudicial para a saúde é o branco, pela quantidade elevada de gordura em sua composição. O chocolate branco contém manteiga de cacau, açúcar e leite, mas não leva massa de cacau. É o mais calórico dos chocolates.

O chocolate ao leite consiste em uma massa de cacau substituída em parte por leite em pó, produzindo um gosto mais adocicado, além de possuir uma quantidade maior de açúcar. "Pesquisas mostram que os efeitos dos antioxidantes são anulados pelos efeitos do excesso de açúcar, proporcionando um ganho de peso", diz a docente.

Aprecie com moderação - Páscoa

O chocolate é uma guloseima que não pode faltar no cardápio da Páscoa e, se consumido com moderação, pode ser um bom aliado. Apesar das calorias, o chocolate pode ser consumido sem culpa, principalmente o chocolate amargo. "Para saber se está ou não abusando no chocolate nesta Páscoa, faça uma continha simples. O consumo não deve ultrapassar as 30g/dia de chocolate amargo. Nesta quantidade podemos ter efeitos benéficos sem se preocupar com o ganho de peso", afirma Cristiane.

Por ser considerado um alimento funcional, o chocolate amargo faz bem à saúde do coração. O ideal é ingeri-lo pela manhã ou no início da tarde, quando o corpo precisa de mais energia.

Chocolates sem açúcar, glúten e lactose

Este tipo de chocolate é para pessoas que têm alguma restrição alimentar. Aqueles que sofrem de intolerância à lactose, alergia à proteína do leite e os celíacos (alérgicos ao glúten) podem consumir os chocolates de alfarroba e os à base de soja (sem lactose e sem glúten).
"Já para os diabéticos, há opções sem adição de açúcar.

No entanto, deve-se ter atenção a quantidade ingerida, pois para compensar a falta de açúcar, ganha maior dose de gordura, sendo mais calórico do que o chocolate ao leite tradicional. Por isso quem não é diabético deve preferir o chocolate convencional em pequenas quantidades ao diet que, na maioria das vezes, tem valor calórico e o sabor é inferior ao convencional", finaliza Cristiane.

Independente da sua opção para esta Páscoa, lembre-se: para poder usufruir dos benefícios à saúde o consumo do chocolate deve ser moderado e acompanhado de uma alimentação bem equilibrada! 

Fonte: Rádio Piratinga


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