Leovane Bertaia
Na ausência de Pelé, Amarildo deu conta do recado e trouxe o bi-mundial. Foto: Arquivo CBF/Reprodução |
Perder seu principal craque,
em plena Copa do Mundo, não é um drama enfrentado apenas por Felipão, no
mundial deste ano, no Brasil. Em 1962, na segunda partida da seleção, desta vez
contra a Tchecoslováquia, o também camisa 10, Pelé teve uma forte contratura
muscular e ficou de fora do restante da competição.
Na ocasião, o substituto foi
o jogador Amarildo, e como era de se esperar, ele entrou em jogo completamente
desacreditado pelos torcedores. Afinal, é impossível substituir o
insubstituível.
Porém, na disputa seguinte, Amarildo se
demonstrou capaz e fez os dois únicos
gols da partida contra a Espanha que terminou em 2X1, garantindo a vaga
na próxima fase. Mesmo assim ainda foi duramente criticado e taxado como um
jogador “fraco”, pois substituir Pelé era um peso grande. Na semifinal entre
Brasil e Chile, Amarildo não fez nenhum gol, apesar da sua importante
participação em campo. O Brasil ganhou de
4X2 sendo dois gols do genial Garrincha e dois do Vavá.
Mesmo com a sua importante
participação em todos os jogos como titular até então, Amarildo ainda não
convencia como jogador.
Amarildo teve a difícil missão de substituir o rei Pelé. Foto: CBF |
Chegando a final da copa, em
partida contra Tchecoslováquia, Amarildo
cravou definitivamente seu nome como um dos jogadores mais importantes do
futebol brasileiro. Foi ele quem abriu o placar de 3X1 contra os tchecos. O Brasil
se tornava Bicampeão mundial, e um dos responsáveis pela vitória foi aquele
jogador, que a principio não recebeu o apoio necessário e era tido pela
imprensa e críticos como um “tapa
buracos” na ausência do rei Pelé.
Passamos por uma situação
semelhante, e infelizmente perdemos nosso maior craque, no jogos pelas quartas
de finais, contra a Colômbia. Nós, brasileiros esperamos que a história com
final feliz se repita. Vamos rumo ao Hexa!
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