Renata Rodrigues
Ministério da Agricultura está tratando o caso com prioridade. Foto: Reuters |
Geller declarou sobre o
assunto durante visita no município de Sorriso, na terça-feira (29). Agora a confirmação da suspeita para a doença
depende da conclusão de análise conduzida em um laboratório referência da Organização
Mundial de Saúde Animal (OIE), em Weybridge, na Inglaterra.
"Estamos jogando rápido,
firmes. Diferente de outros casos que aconteceram, em 30 dias estava tudo sob
controle", disse Geller. O ministro ainda acrescentou. "Nenhum pé
atrás porque [o Brasil] agiu rápido e com bastante firmeza. O que temos
recebido são elogios da comunidade internacional, tendo em vista a rapidez com
que o governo federal tem agido".
Entenda a polêmica
Os técnicos do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Instituto de Defesa Agropecuária
de Mato Grosso (Indea) foram até o frigorifico localizado no município de São
José dos Quatro Marcos, região sudeste do estado. Na unidade foram abatidos e
incinerados 49 bovinos que tiveram contato com uma vaca que despertou as
suspeitas para um possível caso de mal da vaca louca, no estado.
O caso foi registrado no
sábado, dia 26.04. A fêmea, possivelmente contaminada, tinha 12 anos e foi
encaminhada para abate no dia 19 de março. Somente no frigorífico ela
apresentou distúrbios neurológicos que indicam sinais da EEB. Um fiscal do Mapa notou que a fêmea estava
caída, e a excluiu da fila de abate.
Imediatamente a empresa adotou
os primeiros procedimentos em casos dessa natureza, que é abater, coletar amostra de material encefálico
e encaminhar para análise laboratorial.
A partir daí deu inicio as
investigações sobre uma provável causa do mal da vaca louca no rebanho bovino
de Mato Grosso. Esse caso foi considerado atípico, porque o animal foi criado
exclusivamente em sistema extensivo e abatido em idade avançada, aos 12 anos.
O que é a vaca louca?
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da vaca louca, é uma enfermidade degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos. É causada por uma proteína chamada príon. A contaminação ocorre quando o bovino ingere alimentos de origem animal, como farinhas de carnes e ossos.
No organismo bovino, o príon
pode ficar inativo por uma média superior a cinco anos. Ao se manifestar,
atacará principalmente o sistema nervoso do animal, multiplicando-se no cérebro
do ruminante. A doença é caracterizada clinicamente por nervosismo, reação
exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção.
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